Postagens com pessoas bebendo, fumando, fazendo gestos e poses obscenos, sensualizando (seminus), entre outras, podem comprometer a emissão de vistos.
Na quarta-feira (16), o secretário do Departamento de Segurança Interna (DHS), Jeh Johnson, informou que o órgão vinha consultando aleatoriamente as redes sociais (Facebook, Tweeter, Whatsup, entre outras) na avaliação das aplicações para visto, desde o início de 2015. O pronunciamento foi feito depois que o DHS recebeu críticas severas de que não estava fazendo o suficiente para combater possíveis ameaças à segurança pública nos Estados Unidos.
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Apesar de fazê-lo, o departamento foi criticado por não vasculhar consistentemente as redes sociais durante o processo de veto das aplicações para visto. A mudança afetará diretamente intercambistas, candidatos ao visto de estudantes, turistas e até mesmo imigrantes em processo de legalização. Após as mudanças efetuadas pelo DHS na quarta-feira (16), postagens online com pessoas bebendo, fumando, fazendo gestos e poses obscenos, “sensualizando” (seminus), entre outras, podem comprometer a emissão de vistos para os EUA.
As críticas surgiram depois que um atiradores na chacina ocorrida em 2 de dezembro na cidade de San Bernardino (CA) resultou na morte de 14 pessoas e deixou 21 feridas. A terrorista Tashfeen Malik entrou nos EUA com um visto de noivado K-1. Inicialmente, as autoridades suspeitavam que ela postou aliança ao Jihad Islâmico em sua página no Facebook, antes de cometer o ataque em companhia do marido Syed Rizwan Farook, nascido nos EUA. O jornal The Los Angeles Times publicou o caso, entretanto, as autoridades não encontraram online evidências da postagem.
Johnson disse que seu departamento começou a consultar as redes sociais no início do ano antes de conceder determinados benefícios migratórios, mas não especificou quais seriam. “Nós temos políticas atuantes no que diz respeito à consulta das redes sociais o que em meu julgamento, particularmente na atmosfera atual, eram restritivas demais”, disse o secretário a repórteres durante a divulgação da atualização do sistema de alerta contra o terrorismo.
“Sob a minha liderança como secretário, nós de fato começamos a consultar as redes sociais em conexão com a concessão de vários benefícios migratórios e estaremos fazendo mais disto”, acrescentou. “Qualquer informação ou rumor do contrário são simplesmente falsos”.
Ele frisou que o DHS consulta bancos de dados públicos e das autoridades policiais quando realiza o processo de veto de “muitos” benefícios migratórios, mas que as redes sociais também são úteis.
A monitoração das redes sociais como forma de identificar extremistas violentos em potencial foi debatida acirradamente na noite de terça-feira (15) entre os candidatos presidenciais republicanos, com alguns deles defendendo ao aumento das investigações nas redes sociais nas investigações terroristas. Embora não haja atualmente nenhuma ordem específica que impeça que os investigadores vasculhem as contas dos candidatos aos vistos, alguns órgãos públicos que processam as aplicações de vistos temem fazê-lo, informou um representante da administração Obama.
Johnson negou a existência de uma política em vigor em 2014 que impediu os agentes federais de investigarem Malik antes que ela entrasse nos EUA. “Isso não seria exato”, disse Johnson. Ele evitou comentar as investigações, mas citou relatórios públicos que Malik realizou suas postagens com um nome diferente. Na terça-feira (15), 24 senadores democratas enviaram uma carta ao secretário pedindo que o DHS vasculhe as redes sociais como parte do processo de concessão de vistos.
Fonte: BV