Viagem Acessível com Debora Pedroso

Para definir-me não é necessário o uso de palavras rebuscadas, ou inúmeros adjetivos. Sou, ou tento ser, na medida do possível, e na realidade da necessidade, o que é preciso. Sem exageros e sem modéstia, faço o que é necessário.

Graças aos ensinamentos da vida como um todo: família, estudos e experiências diversas. Aprendi a valorizar o ser, ao invés do ter! Por isto digo, sem medo de equívocos, que sou humano, na plenitude da palavra. Tenho defeitos, qualidades, medos e coragem. Meus defeitos não se baseiam somente nas sequelas deixadas pelo acidente que sofri, gerando o déficit de memória de curto prazo, ou a minha mobilidade reduzida, levando-me a usar cadeira de rodas. Problemas resolvidos por reconhecê-los e fazer, sem vergonha alguma, o uso de equipamentos do tipo: rampas para acesso e constantes anotações para a memória. Esforço diário faz parte da minha vida. Atualmente meu passatempo favorito é escrever e em 2009 publiquei meu primeiro livro “Memória Seletiva, e Como!“, no Brasil e agora estou tendo a grata honra em poder dizer que também foi lançado nos Estados Unidos.

Mas, como todo humano também tenho preocupações, ansiedades e estresses. Defeitos esses controlados por eu ser mais racional do que emocional. Requisito imprescindível para um bom trabalho de atendimento ao público em geral, e um bom relacionamento entre colegas de trabalho.

Posso dizer que sou, simplesmente, igual e diferente de você e de todo mundo. E o que ainda não sou, posso vir a ser, se necessário, por ter em mim o desejo constante de aprender, crescer e desenvolver cada vez mais as minhas habilidades.

“Ser ou não ser, eis a questão” (trecho retirado de Shakespeare). Acredito eu que para ser, o que quer que seja, basta querer.
Assim sou eu.

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